“Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se, e disse-lhes: A quem buscais? Responderam-lhe: A Jesus Nazareno. Disse-lhes Jesus: Sou eu”
(João 18:4-5)
Depois de ter comido a páscoa e instituído a Ceia, o Senhor Jesus foi com Seus discípulos ao jardim do Getsêmani. Ali tudo era tranquilo e escuro. O Salvador se ajoelhou e orou fervorosamente ao Pai, clamando: “Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lucas 22:42). Após orar três vezes da mesma forma, se levantou para ir ao Gólgota. De repente, a tranquilidade foi interrompida por uma turba que entrou ali com paus, espadas e tochas. O Senhor Jesus se dirigiu aos que vinham prendê-Lo e perguntou: “A quem buscais?” A reposta foi clara: “A Jesus Nazareno”.
As palavras “SOU EU” ou “Eu Sou” têm um duplo significado. O primeiro é a resposta óbvia à pergunta deles – Eu Sou o homem que vocês vieram prender. O outro significado não era tão claro; o Senhor Jesus estava declarando que era o eterno EU SOU. Ele Se revelou como o fizera em outros tempos a Moisés (Êxodo 3:14). E agora, diante dos que queriam prendê-Lo, por um curto momento o Senhor Jesus revelou Sua divindade com as mesmas palavras: EU SOU.
Então compreendemos o que está escrito no versículo 6: “Quando, pois, lhes disse: Sou eu, recuaram, e caíram por terra”. A glória do Eterno os lançou no chão. Sua glória poderia ter aniquilado aqueles homens em frações de segundos. Porém, o mais incrível é que o Eterno decidiu ocultar toda Sua majestade e Se entregou nas mãos de Suas criaturas para ser maltratado e morto. Que amor insondável!
