No dia 27 de maio de 1.932, na cidade de Igarapava - SP, nasceu em um lar de família tradicional o Sr. Edson de Oliveira, fruto do amor de seus pais Vitor de Oliveira e Antonia Gonçalves da Silva. A história de sua vida iniciou-se em 1.933 quando desenganado pelos médicos, recebeu uma cura milagrosa através da oração de sua tia Maria Marçal, membra da Igreja Evangélica Assembléia de Deus de Uberaba – MG. Através desse milagre sua família se converteu e passou a ensinar os filhos no caminho do Senhor.
Apesar de ter sido criado num lar cristão, somente em maio de 1956, aos 24 anos, por espontânea vontade, decidiu-se por Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador. A partir desse momento, fortes convicções começaram a surgir em seu coração concernente à vontade de Deus em sua vida para o exercício ministerial, o que, pela graça de Deus, começou a ser realizado e em 12 de dezembro de 1960 foi consagrado a EVANGELISTA.
Depois de confirmada a sua vocação para o ofício sacerdotal, o pastor Edson de Oliveira vem desenvolvendo seu ministério com muita dedicação, resultando, com isso, o respeito e reconhecimento de todos os demais pastores. Durante esse período de 47 anos de Ordenação Pastoral, tem sido considerado um Ministro exemplar, sempre aclamado com muito carinho por suas “ovelhas” e pelos colegas de ofício.
Em função da necessidade de organizar sua vida particular, em 1º de janeiro de 1.957, casou-se com a Srta. Antonia Anjoni, relacionamento extremamente abençoado por Deus, pois encontrou em sua esposa, uma grande companheira e incentivadora de suas atividades e ministério; Bem como uma excelente mãe para seu único filho: Adriano Anjoni de Oliveira.
Durante os anos seguintes, desenvolveu várias atividades relacionadas tanto ao aprendizado da Palavra de Deus, quanto ao ensinamento, pastoreando na cidade de Igarapava como presidente durante 1 ano, de Igarapava foi para a cidade de Santos, de Santos foi para o litoral sul no município de Registro, onde ficou por 04 anos. Pastoreou por alguns meses a igreja em Guarujá (Vicente de Carvalho), e de lá foi transferido para São Jose do Rio Preto, igreja que o acolheu durante 8 anos.
Já pensando em encerrar sua carreira, pastor Edson de Oliveira, que já estava aposentado decidiu se dedicar à família e desfrutar da vida secular, mas Deus o estava preparando para um grande desafio: a cidade de Franca – SP. No ano de 1.985, direcionado pela Vontade de Deus, pastor Edson de Oliveira chega a Franca, onde permanece até hoje fazendo história.
- Nome
- Edson Oliveira
- Idade
- 84 Anos
- Natural
- Igarapava / SP
- Pai
- Vitor de Oliveira
- Mãe
- Antonia Gonçalves da Silva
- Esposa
- Antonia Anjoni Oliveira
- Casamento
- 01/01/1957
- Profissão Anterior ao pastorado
- Empresário: Posto de Combustível e Transportadora Oliveira
- Filho
- Adriano Anjoni Oliveira
- Nora
- Claudia Peres Oliveira
- Netos
- Letícia Peres Oliveira, Vitor Edson Oliveira Neto, Thiago Anjoni Oliveira
- Conversão
- Maio de 1956
- Consagração
- 12/12/1960 - Evangelista
TRIBUNA DA FÉ - Como foi sua infância?
PR. EDSON DE OLIVEIRA - Como criança eu me lembro bem. Com cinco anos, morávamos numa fazenda e eu não conseguia dormir a noite porque sentia que tinha animais andando em volta da casa. Chorava muito durante a noite e falava para a mamãe e contava para o papai que não havia conseguido dormir na noite anterior. Hoje, eu sei que era uma influência maligna. Aos sete anos, já cursando o primeiro ano lembro-me que o uniforme era uma camisa branca e um short azul e na ida da minha casa para a escola eu tive uma discussão com um menino e ele passou o pé na minha blusa e como eu não tinha outro uniforme meu pai ficou furioso e me deu uma surra que marcou toda a minha costa, o meu corpo, que foi preciso minha mãe me dar um banho de salmoura para curar as feridas. Essa surra ficou na minha mente durante muito tempo e sempre que me lembrava chorava muito. Era uma raiz de amargura que tinha se formado dentro de mim. Não me conformava de meu pai ter me batido daquela forma, se quem havia brigado comigo tinha sido o garoto. Eu não merecia aquilo. Mas graças a Deus, que me curou, transformou meu coração e me deu forças para perdoar. Hoje me lembro, mas sem aquele ressentimento, rancor. Meu pai morreu sendo meu grande amigo.
TRIBUNA DA FÉ – Fale sobre sua conversão.
PR. EDSON DE OLIVEIRA - Eu era recém casado e fui para Santos passar o carnaval, chegando lá minha tia Maria Marçal, que havia orado por mim ainda criança quando eu estava desenganado pelos médicos, me convidou para ir a um culto. Devido sua insistência eu e minha esposa fomos acompanhá-la. O culto foi muito abençoado, com uma mensagem muito boa, de um pregador eloqüente, e o culto tava normal, a segunda mensagem foi dada a um presbítero que se chamava Alfanazio, mas ele tinha uma voz muito fininha, fraquinha e ele começou a pregar, e eu pensei comigo, que coisa uma mensagem tão bonita, tão poderosa como aquela, e agora uma voz como essa tão fraca. Quando eu pensei isso a voz dele se tornou a voz mais grossa que eu já havia escutado em toda a minha vida, a voz era tão forte que pensei que os meus tímpanos iam arrebentar, e eu comecei a chorar e queria que ele parasse porque se ele não parasse eu achava que ia morrer e aquele barulho parecia um trovão. Deus mudou a voz dele e quando ele terminou a pregação ele fez um apelo, mas eu já estava decidido pelo fato de eu ter pensado uma coisa e Deus ter mudado a voz dele, para eu ter o conhecimento que Deus poderia mudar as coisas, ai o pastor levantou e pediu para que o coral cantasse aquele hino assim: cristo vai hoje passar, sim passar de amor transbordante, a todos assim convidando, ai eu levantei e fui chorando, a minha tia falou para a Anjoni me acompanhar.
Quando terminou a oração ela estava ao meu lado, e ai começamos a nova fase da nossa vida (rs..rs...). Vim para Igarapava, chegando em Igarapava ninguém acreditou. Certa vez, vinha um irmão atravessando a rua na época que eu tinha um posto de gasolina, o irmão vinha de lá me olhando meio desconfiado e não sabia se dizia a paz do Senhor, ou o que falava, mas quando ele chegou eu mesmo falei a paz do Senhor irmão Joãozinho, que hoje mora em Ribeirão Preto e ele ficou alegre não é. (rs...rs...)
TRIBUNA DA FÉ - Como o senhor encontrou a cidade de Franca em 1985?
PR. EDSON DE OLIVEIRA - Eu já conhecia a cidade de Franca, no primeiro templo construído na Rua Antonio Bernardes Pinto em que o Pastor Domingos dirigia, eu estava terminando a igreja em Igarapava e Franca estava numa dificuldade muito grande. Como eu tinha uma empresa de transporte e um posto de gasolina, o pastor Domingos pediu ajuda para comprar as portas da igreja e os vitros, daí eu dei o que ele precisava, mas nunca pensei, que essa porta que eu tinha dado estaria aberta para mim (rs....rs...). Eu cooperei muito aqui, uma vez estava acompanhado pelo pastor Bernard Jhonson, fui muito conhecido do pastor Justino.
A minha história com o pastor Justinho é muito bonita. Eu vim para Franca quando estava a caminho de Santo André e dormi na casa dele. Na época,
sua casa não tinha forro e ele tinha uma pneumonia crônica e não conseguia dormir, tossia constantemente. Quando eu vi aquilo, orei e repreendi
aquela doença e naquela noite ele aquietou! Não teve mais tosse. No dia seguinte, ele falou pra mim: o senhor orou por mim? Eu falei: orei!
Jesus o curou e nunca mais o pastor Justino teve aquele problema até os dias de hoje. Na época em que assumi a igreja, não lembro quantos
templos haviam construídos, mas eu sei que o do Parque Progresso já existia. Os demais foram feitos durante o meu ministério.
TRIBUNA DA FÉ – Hoje, ao olhar para traz como é que o senhor vê toda a tua trajetória ministerialmente e na família. Valeu a pena?
PR. EDSON DE OLIVEIRA - Como eu disse a algum tempo na reunião de obreiros e também no aniversario do Adriano, meu filho. Eu sou um homem feliz, tenho um filho, tenho uma nora que para mim é uma jóia, tenho três netos, tenho amigos, uma das coisas que eu mais preservei na minha vida, durante o meu ministério, tanto na igreja como fora da igreja, foi os amigos. Eu sempre os considerei e os valorizei. Porque meu pai, quando eu era menino, sempre me dizia: meu filho o homem não pode perder duas coisas na vida CRÉDITO E AMIGOS, ele dizia: quem tiver credito e amigos nunca vai estar sozinho e isto me valeu muito. Me ajudou! Às vezes eu tenho dito para alguns obreiros, se fosse para eu iniciar hoje, não teria coragem, mas depois eu me arrependo em dizer isso para eles porque é a época. Hoje estou cansado, não tenho mais aquela força, aquela coragem, mas eu vejo que valeu a pena vender caminhão, vender posto de gasolina e dedicar a minha vida inteiramente na obra do Senhor.
TRIBUNA DA FÉ – Qual mensagem o senhor gostaria de deixar para os pastores e dirigentes de igreja?
PR. EDSON DE OLIVEIRA – O que eu diria para eles? Veio no meu coração agora! Uma palavra que o apóstolo Paulo disse: Sede meus imitadores, como eu sou de Cristo. E digo a eles, que nunca se esqueçam de Filipenses que diz: Que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus meu Senhor. Havendo esse sentimento e sendo meus seguidores naquilo que eu pude fazer, meu desejo é que façam algo além.
TRIBUNA DA FÉ – O que marcou seu ministério?
PR. EDSON DE OLIVEIRA – Meu ministério foi marcado e ainda é pela direção de Deus nas minhas decisões! Todas as igrejas que assumi, foi uma revelação de Deus na minha vida. Nunca mudei sem ter a certeza de que Deus havia me designado para esse determinado lugar. Todas as noites, eu durmo o primeiro sono e quando passa para o segundo, eu costumo ficar duas horas ouvindo Deus falar comigo. Às vezes a Anjoni pergunta, você está orando? Daí eu digo: Não estou orando, estou ouvindo Deus falar comigo. Ele me orienta! Fala o que devo fazer, qual atitude eu tenho que tomar. Isso é um segredo de Deus comigo! Tem vezes que sou até censurado por algumas decisões que tomo, mas importa obedecer a Deus e não aos homens.
Fonte: Matéria Retirada da REVISTA TRIBUNA DA FÉ. Ed. Comemorativa de 2008. "65 anos de História da Assembléia de Deus em Franca - SP".