Por. Pr. Isaac Ribeiro
“Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando vos darão; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo”. Lucas 6.38.
Compartilhar é tão vital quanto o não compartilhar é prejudicial para nós. Ou seja, quem não compartilha morre. Quem não dá, torna-se um mar morto, sem saídas, sem vazão, sem trocas. Só recebe, por isso está morto. Quando estudamos a o aspecto geográfico do Mar Morto, ficamos impressionados como pode receber tanta água, e, no entanto, a cada dia que passa ao invés de suas águas aumentarem, elas diminuem, tendo em vista que o mesmo não deságua em outro mar, as mesmas se evaporam e nele não há vida. Talvez esta seja a razão porque existem muitas pessoas que morreram para vida. Nunca deram de si para ninguém. Sofrem da síndrome do mar morto. São lacradas, são sem saídas, são hermeticamente fechadas, só recebem; são cisternas, cujas águas estão sempre paradas, nunca se renovam.
Aqui está o problema que nos impede de dar o que temos para Deus e para o próximo. Quando compartilhamos e o fazemos achando que estamos sempre ajudando os outros e nunca a nós mesmos, não atinamos para o fato de que ao compartilhar o nosso pão, não estamos ajudando apenas alguém, mas principalmente a nós mesmos. Porque o retorno sempre é infinitamente maior do que aquilo que nós investimos. Quando Deus pede para nós darmos alguma coisa (por mais precioso que pareça ser) é porque Ele quer nos dar em troca algo muito maior e mais importante. Olhando para algumas pessoas para quem a vida nunca dá nada, nunca lhes sorri, para quem Deus nunca deu nada de bom, muitas vezes é justamente, porque estas pessoas, não desenvolveram a graça de compartilhar de si mesmas para outros e para Deus. Não entenderam que, na contabilidade de Deus e da vida, é dando que se recebe, é dividindo que se soma, é deixando escorrer de nós o fluxo da graça de dar, que somos inundados pelos refluxos generosos da graça de viver. Portanto, caro leitor, pense sobre isto, questione a si mesmo, veja o que tens feito, para diminuir o sofrimento de seu próximo, e não faça isto apenas no final do ano, às vésperas do natal, mas, enquanto Deus nos der vida e saúde, sejamos instrumentos de Deus e sua justiça.
Deus vos abençoe.