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Triunfalismo - o sofisma do supercristão

Por Administrador | 28/09/2015

“Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”. (João 16.33)

Os dois braços de sustentação da teologia da prosperidade são a confissão positiva e o triunfalismo. Estes vêm formando conceitos distorcidos e trazendo perspectivas absolutamente discrepantes ao evangelho de Jesus Cristo. O triunfalismo, em geral, faz as pessoas pensarem de si mesmas além do que realmente são. Cria uma espécie de superestima falsa, baseada em confissões positivas. Esta doutrina acaba por desenvolver nas pessoas uma fachada de super-crentes. Acaba por desenvolver uma suposta vida impermeável, inatingível, intocável. O que se vê, são pessoas construindo toda uma fachada de perfeição, que na verdade, é muito bonita na teoria, mas totalmente desalinhada com a vida prática das pessoas. Os seguidores desta doutrina ensinam que, somente aqueles que conseguem prosperar financeiramente e que possuem plena saúde, é que podem afirmar que são de fato, abençoados por Deus. O contrário disto é sinônimo de falta de fé ou pecado diante de Deus.

O grande problema desta doutrina, é que ela não se alinha com os ensinamentos de Jesus. Pelo contrário, o versículo que destacamos acima, mostra-nos claramente que, quando queremos agradar a Deus, às vezes, a nossa vida torna-se, em alguns momentos, até mais difícil do que de outras pessoas que não são comprometidas com Deus. Sem querer ser detentor da verdade, mas apenas cumpridor do papel de orientador comprometido com a palavra de Deus, a leitura que faço de tudo isto, é que como vivemos em um mundo extremamente materialista, percebemos que muitas instituições religiosas, adotaram estratégias que vão de encontro as principais necessidades das pessoas, ou seja, dinheiro e saúde. Quem não quer dinheiro? Especialmente nos dias em que estamos vivendo, onde o “Ter” ocupou o lugar do “Ser”. E quem não quer saúde para desfrutar de tudo isto? Então, esta estratégia em termos de marketing funciona bem como isca. Deve-se dizer que a fé, de fato pode levar as pessoas a alcançar muitas benções materiais, todavia, o grande problema, é que este tipo de ensino altera por completo o cerne do ensinamento bíblico. O grande desafio do cristianismo, não está centrado nos bens terrenos, em saúde perfeita, e sim nos bens que possuem efeito eterno. Jesus certa feita disse: “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma? Porque o Filho do Homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e, então, dará a cada um segundo as suas obras”. (Mt. 16.26-27). Tudo que aqui conquistarmos, aqui ficará. Então o melhor a fazer é investir em bens celestiais.

Caro leitor, na verdade, o que queremos aqui, não é fazer apologia à pobreza, ou sofrimento ou coisas semelhantes. Queremos sim, que as pessoas venham a Cristo, pelas razões certas e mais que isto, que sirvam a Cristo por amor, e por compreender, o plano de Salvação que Ele, executou na cruz do calvário por nós. Este sim, deve ser o entendimento de todos aqueles que se aproximam de Deus. Se como cristãos, Deus nos der o privilegio de possuirmos muitos bens, desde que eles não nos atrapalhem a servir ao Senhor! Ótimo. Porém, com bens ou sem bens terrenos, com saúde ou sem saúde, devemos servir a Deus com alegria, sabendo que como afirma a Bíblia, é no final que “veremos a diferença entre o serve a Deus e o que não serve”. (Malaquias. 3.18). Concluindo, não poderíamos deixar de citar um dos mais profundos ensinos de Jesus, registrados pelos evangelistas: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”. (Mt. 6.19-20).

Deus nos ajude.

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