"Ele creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça". Gl. 3.6
Em uma noite estrelada, Deus diz a Abraão: “Olhe para o céu. Está vendo as inúmeras estrelas? Conte-as se puder. Essa será a quantidade de descendentes que você terá” (Gênesis 15.5). Todavia, sua idade não ajudava, sua esposa era estéril, e como fator complicador para usar a razão, Sara há muito havia passado o tempo da possibilidade de ter um filho. Contudo, ele recebe a promessa de que se tornaria o pai de muitas nações. E a única evidência que possuía para prosseguir era uma palavra dos céus: “Eu sou o Senhor” (Gênesis 15.7). O interessante desta história foi que Abraão obedeceu. É por esta razão, que séculos mais tarde o apóstolo Paulo escreve a sua carta aos Gálatas e afirma: Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão. Ora, tendo a Escritura prevista que Deus havia de justificar pela fé as nações dos gentios, ou seja, (os não judeus) anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: “Todas as nações serão benditas em ti. De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão”. (Gálatas 3.7-9).
Deus disse a esse homem: “Levante-se, saia, e deixe a sua terra”. Certamente ele ficou imaginando: “Mas para onde, Senhor?”. Deus respondeu simplesmente: “Não vou dizer, apenas vá”. Isso não era lógico. Era uma exigência totalmente não razoável para qualquer ser pensante. Imagine um homem casado chegar um dia em casa e dizer a sua esposa: “Arrume as malas, porque nós vamos mudar”. É claro, que ela iria querer saber por que, ou para onde estava indo. Mas a única resposta que ele lhe dá é: “Não sei. Eu só sei que Deus mandou fazer isso”. Inexiste correspondência racional a esse tipo de exigência. Ela simplesmente não era lógica. Contudo essa foi exatamente à direção ilógica que Abraão seguiu. Fez as malas da família e saiu, sem saber onde acabaria a viagem. A única coisa que sabia era a breve palavra que Deus havia lhe dado: “Vá, Abraão, e Eu estarei contigo. Nenhum mal chegará a ti”. A fé exigia que Abraão agisse baseado em nada além da promessa de Deus. Caro leitor, o exemplo de Abraão nos ensina, que só conseguiremos seguir a Cristo, através da fé. Como dia a Bíblia, sem fé é impossível agradar a Deus, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus, creia que Ele existe e que é galardoador dos que o buscam. Não será por causa da razão que muita gente, não consegue firmar na graça de Deus? No mundo espiritual, nem todas as respostas, se dão através da razão. Exige-se muito mais. “Fé”. Hoje, estatísticas mostram que o número de pessoas que se dizem ateus ou céticos, vem crescendo. Porém posso ouvir as palavras de Judas (Não o traidor): “Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da comum salvação, tive por necessidade escrever-vos e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos. Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso Jesus Cristo. Mas quero lembrar-vos, como a quem já uma vez soube isto, que, havendo o Senhor salvo um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu, depois, os que não creram”. (Judas. 1.3-5). Portanto, crer ou não crer é uma decisão do homem, contudo, as consequências, são inevitáveis. O melhor a fazer, é seguir o exemplo de Abraão e saber que fé não se explica com a razão, muito menos com lógica. Creia no Senhor, e serás salvo, tu e a tua casa.
Deus vos abençoe.