"Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste".
(João. 17.21)
Um mais um, igual a um, pode não ser um conceito matemático correto, mais é uma descrição exata da intenção de Deus para a nossa relação com Ele. De nada adianta dizermos que estamos crucificados com ele, mas na verdade, a prostituição, a impureza, a lascívia, idolatria, feitiçarias, as inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, estão presentes em nossas vidas. Esta lista de pecados está descrita em Gálatas 5.19-21, e Paulo as classificam como obras da carne, e quem está na carne não pode herdar o reino de Deus. Foi por esta razão que Jesus em um dos seus sermões ensinou: “É Impossível servir a dois Senhores, pois com certeza haverá de agradar a um e aborrecer ao outro”. Mesmo sendo dois, o Pai e o Filho, não têm duas vidas nem dois viveres; têm uma única vida juntamente com um único viver. Jesus diz que Ele vive pelo Pai e o Pai vive por intermédio Dele. Mas Ele também diz que quem Dele se alimentar, viverá por Ele. Vejam: “Assim como o Pai, que vive me enviou, igualmente Eu vivo pelo Pai. Também quem de mim se alimenta por mim viverá.” (João, 6.57. È preciso entender que vida cristã não é vida permutada, mas vida enxertada. Paulo entendeu bem desse assunto, e por esta razão escreveu para nos ajudar a entender também. O Texto diz: “Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em Mim”. (Gálatas. 2.20). Isso é o que mais necessitamos entender, de uma vez por todas. Quando Paulo foi capaz de entender isto, conseguiu tomar a atitude correta. Dizia ele: “Esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus; que me amou e a si mesmo se entregou por mim”. (Gálatas, 2.20). Quantos de nós, cristãos confessos, somos capazes de dizer que estamos crucificados com Cristo e que Cristo vive em nós, mas na prática nossas atitudes não evidenciam o que falamos. Podemos acreditar que, se possível fosse, diante de tanta falta de identidade e liberdade de agir em nossas vidas, Ele, na verdade, se vive em nós, vive tão “atado” que seria melhor dizermos: “Ele está preso em nós”.
Portanto, não sejamos tolos, a ponto de pensar que é possível enganar a nós mesmos, ou o Senhor que tudo vê. O melhor a fazer é reconhecer nossos pecados, confessá-los, abandoná-los e deixarmos que Ele dirija nossas vidas. Justamente por isto caros leitores, de uma vez por todas, tomemos a decisão que poderá mudar o rumo de nossas vidas. Se somos de Deus, devemos obedecer seus ensinamentos e somente assim, poderemos usufruir da belíssima companhia de Jesus. Se acima relacionamos uma lista com as obras da carne, permitam-me encerrar, listando o fruto do Espírito, que é a plena evidência que estamos andando de fato com Cristo. Vejam o que Paulo escreveu: “O fruto do Espírito é Amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fé, mansidão e domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscência”. Gálatas. 5.22-24. Que nosso relacionamento com Deus, não seja apenas de palavra, mas que nos tornemos íntimos do nosso amado Jesus, desenvolvendo assim uma estreita relação com Ele, a ponto das pessoas olharem para nossa vida, e percebê-lo em nosso viver. Sejamos pois, um com Jesus.
Deus vos abençoe.