Por: Pr. Isaac Vicente Ribeiro
“Onde estavas tu, quando Eu lançava os fundamentos da terra? Diga se tens entendimento.” (Jô. 38.4).
Aqueles que já obtiveram a graça da justificação sabem como são impressionantes as transformações pelas quais passamos diariamente. A maior de todas com certeza é a mudança imediata do nosso entendimento. Saímos das trevas para a maravilhosa luz de Cristo (1 Pedro, 2.9b), ou seja, passamos a ter o conhecimento da maior verdade de Deus, revelada através de Seu amado Filho Jesus. È justamente aqui, que temos a nítida sensação de que uma venda se nos foi tirada dos olhos; logo nós, que nos julgávamos tão sábios e conhecedores destas coisas.
Bem, se por um lado existem aqueles que já obtiveram a graça da justificação de Deus, existem ainda, aqueles não tiveram esse encontro com o Altíssimo na pessoa de Jesus Cristo. Diante disto, começam então os questionamentos, os mesmos que um dia já fizemos: “Como é possível crer que Deus criou o homem do barro? Quer dizer que havia um paraíso inteiro à disposição e somente duas pessoas moravam nele? Se o Senhor é tão Poderoso e Bom, e se somos todos filhos Dele, por que permite que tantas tragédias aconteçam às pessoas”? Estas são apenas algumas das muitas perguntas da mente humana. O conhecimento em nós incutido pelo meio-ambiente e pelo vasto e variado arsenal de informações às quais somos submetidos constantemente, são os reforçadores naturais da preferência por explicações lógicas e palpáveis para os acontecimentos e é exatamente na lógica onde se encontra maior barreira para a compreensão e aceitação dos preceitos divinos. O que fazer diante desse dualismo (fé x lógica)?
O escritor aos Hebreus é quem nos dá uma explicação lógico filosófico revelativa, para o que parece ilógico e irracional. Ele explica: “Ora, a fé é a certeza das coisas que se esperam e a convicção de fatos que não se vêem. Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela Palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem.” (Hebreus, 11.1, 3). Pronto! Eis a chave de todo o entendimento. Esta é a melhor explicação, para aqueles que querem entender os desígnios do Criador. Como poderia ser diferente? Ora, de que maneira eu ou você poderia acreditar que o mar vermelho abriu para o povo hebreu passar a pé enxuto, as muralhas de Jericó ruíram apenas com toques de buzinas e com grito, que Jesus alimentou cinco mil homens com apenas cinco pães e dois peixes? Só através da Fé, pois não há nada de lógico em tudo isto. O que há aqui são puramente milagres e como já dizia alguém, milagre não se explica.
Vejam caros leitores, que a fé nos leva a acreditar na existência do Senhor, nos seus atributos incomunicáveis (onipotência, onipresença, onisciência). Todas as pessoas que querem entender Deus pela lógica, jamais conseguirão ter de fato, uma aproximação do Senhor. Agora, quando passamos a exercer a fé, aí então começamos a compreender os desígnios de Deus. È preciso saber que apenas a misericórdia e o poder divino são capazes de abrir os nossos olhos para enxergarmos não só o poder transformador do sacrifício de Cristo, mas também a veracidade irrefutável da sua Palavra (a Bíblia). Vejam aí, a necessidade de aceitá-lo como nosso Salvador pessoal. Acima de tudo, compreender que tudo o que acontece está sob o seu controle, nada lhe escapa (Jô, 28.24; 34.21), nem as tragédias da vida, que na maioria das vezes, são produtos de atos errados do próprio ser humano. Assim, ao concluir esta pequena reflexão, esperamos que haja uma honesta reflexão, se vale à pena desacreditar nas verdades de Deus, ao passo que às vezes, temos a facilidade de acreditarmos em tantas bobagens que são apregoadas por muitos em nossos dias. A pergunta que Deus nos faz é a seguinte: “Onde estavas tu, quando Eu lançava os fundamentos da terra? Diga se tens entendimento.” (Jô. 38.4).
Deus vos abençoe.