Pr. Isaac Vicente Ribeiro
“Mas logo falou com eles e disse-lhes: Tende bom ânimo, sou eu; não temais. E subiu para o barco para estar com eles, e o vento se aquietou; e, entre si, ficaram muito assombrados e maravilhados”. (Marcos. 6.50,51)
A vida cristã é uma experiência de provação constante. A verdadeira pregação do Evangelho pode garantir vida eterna, mas jamais poderá garantir que não haverá tempestades enquanto estivermos neste mundo. A referência acima retrata um momento muito difícil, vivido pelos discípulos do Senhor. Assim que Jesus terminou de realizar a multiplicação dos pães, e Ter alimentado uma grande multidão, nos diz o texto que Jesus ordenou os seus discípulos a subirem para o barco, e passarem adiante, para o outro lado, a Betsaida, enquanto ele despedia a multidão. E, tendo-os despedido, foi ao monte para orar. (Marcos. 6.45,46). Em obediência a Jesus, entraram no barco e começaram a travessia. Quando estavam em alto mar, lhes sobreveio uma forte tempestade, porque o vento era contrário, e eles então começaram a se desesperar porque sabiam que dificilmente conseguiriam sair ilesos daquela tempestade.
Bem, ao ler sobre isto, percebemos que há um profundo paralelo com nossa vida atual. Todo cristão consciente, sabe que mesmo seguindo a Cristo, estamos sujeitos a enfrentar dificuldades, ou seja, quando menos esperamos, nos encontramos em meio a uma insustentável tempestade, e aí então, surge um dilema: parar ou continuar remando, obedecer ou desobedecer? Alguém pode até está dizendo: “Ah, Senhor, quando isso vai terminar, aonde este barco vai nos levar?”. É certo que obediência gera bênção, mas foi Jesus quem mandou entrar no barco. É fácil entender quando sofremos por ter feito algo errado. Mas, quando acontece o contrário, é muito difícil aceitar com mansidão.
A verdade é que quem faz o que é certo também sofre. E quando a tempestade chega e alcança o mar da nossa vida, muitas vezes buscamos o Senhor Jesus, mas só encontramos escuridão, (era a quarta vigília da noite, ou seja, três horas da manhã). Mas, o que quer nos ensinar Jesus quando demora tanto a responder? A resposta está nos Salmos 30.5. “As lágrimas podem durar a noite inteira, mas a alegria vem pela manhã”. Literalmente, foi esta a lição que os discípulos aprenderam no meio daquele mar revolto. Saibam todos que o Senhor nunca se atrasa, seu livramento chega muitas vezes no limite, mas chega. Precisamos saber que mesmo quando não o ouvimos, Ele está falando e que os nossos desastres e tempestades não pegam o nosso Mestre de surpresa, e que todos os nossos dias já estão escritos. É justamente aí que reside a nossa esperança. Saber que o Deus da história também é o Deus da tempestade. Aquele que faz a pior tempestade não durar para sempre.
Caro leitor, talvez você esteja dizendo: “Ah, Jesus, tem nos faltado tantas coisas! Muitos não têm nem emprego, o divórcio bate à porta, temos perdido nossos filhos para as drogas, e todo o possível já foi feito. Não há mais jeito, temos buscado enxergar o Senhor em meio às tempestades pessoais, mas, estamos muito casados”. Saiba que esta é à hora de Deus se manifestar em sua vida. Quando os discípulos pensaram que estava tudo perdido, Jesus foi ao encontro deles, e da maneira mais estranha possível; Andando sobre as águas do mar. Ao entrar no barco, fez com que a tempestade acalmasse.
Como ministro de Deus, sinto-me impulsionado pelo Espírito Santo, a dizer a você que Jesus está indo ao seu encontro. Não desista de remar, de lutar, de esperar no socorro de Deus. Continue a clamar por Ele, pois está escrito: “Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a Ele chamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los?” (Lucas, 18.7). Ao escrever esta mensagem, pedimos a Deus em oração, que esta, sirva de motivação para que você continue confiando no Senhor Jesus, e que aquilo que os discípulos ouviram, no momento de tempestade, você também possa ouvir: “Tende bom ânimo, sou eu; não temais”.
Deus vos abençoe.
