Pr. Isaac Vicente Ribeiro
“Se o meu povo, que chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a terra”. (II Crônicas 7.14).
Em nossa relação com Deus, uma das coisas mais prazerosas é nossa comunhão com Deus através da oração. Orar significa manter um íntimo e permanente relacionamento com o Senhor. Diferente de um monólogo, a oração na verdade precisa ser um agradável diálogo, onde o pai fala, e nós o ouvimos e da mesma forma, falamos e somos ouvidos por Ele. A oração faz bem ao nosso relacionamento com Deus, porque nos fortalece espiritualmente. Por isto, o homem ora porque crê, e crê porque ora.
No famoso sermão do monte, Jesus ensinou alguns princípios, relacionados à oração, que devem ser observados com muito carinho por todos nós. Dentre os principais, gostaria de destacar a importância de orar a Deus, mas sempre dentro da perspectiva do Pai. Jesus quando nos ensinou a orar, disse: “Seja feita a tua vontade, assim na terra como no Céu”. Outro aspecto, é que a oração se torna agradável na medida em que se estabelece a comunhão como princípio. A partir daí, a oração passa ser um instrumento pelo qual fortalecemos nossa íntima relação com Deus. Em sua oração, Jesus usou uma palavra no aramaico chamada “Aba”, que significa literalmente “papaizinho”. Vejam que esta expressão só é utilizada, por quem é de fato muito íntimo do Pai.
Jesus estava em certo lugar orando e, quando acabou, disse-lhe um dos seus discípulos: Senhor ensina-nos a orar. Mas por que os discípulos pediram para que Jesus os ensinasse a orar? Eles não sabiam? Claro que sim! Todos eram homens religiosos, que participavam da vida religiosa de Israel, e, portanto, desde tenra idade tinham aprendido a orar. Na verdade estavam pedindo para aprender a orar como Jesus orava. Assim, Jesus não ensina apenas um método, ou simplesmente um modelo. Mas que isto, Jesus ensina que oração é intimidade, é relação, é completa entrega, àquele que pode nos ajudar.
Esta intimidade nasce a partir da reverência, do temor, da submissão, que devotamos ao nosso Deus.
Caros leitores, quanto a nós, não iremos orar da forma correta até que nos aproximemos do Senhor e busquemos intimidade com Ele. Toda oração sem intimidade com Deus, são apenas palavras jogadas ao vento, frutos de lábios religiosos, mas de um coração distante do Senhor. Tenho dito constantemente em meus sermões, que se a oração para nós é algo sacrificial, difícil de ser realizada, é sinal que nossa relação com Ele, não está na temperatura ideal. Você já percebeu que não há nada melhor do que estar perto de quem amamos? E se possível as sós? Da mesma forma, se amamos de coração a Deus, nada melhor do que ocupar parte do nosso tempo, para estar na presença Dele.
Sinceramente, na minha simples visão, como líder e conselheiro espiritual, a grande necessidade do cristão atual, é justamente uma dedicação maior na oração. Nada melhor do que viver em oração. Quando oramos, Deus nos ajuda a controlar nossa natureza, tão tendenciosa ao pecado. Quem ora, vive melhor, alcança com mais facilidade, vitórias sobre seus problemas, dissipa as trevas que querem nos envolver, afastar as forças do mal, que diuturnamente trabalham contra o povo de Deus. A este respeito, ouvi uma frase Certa vez, que resume bem tal situação: “Se não queres encontrar com o diabo, durante o dia, então comece o teu dia com Deus”. Portanto, ao concluir esta reflexão sobre a oração, gostaria de incentivar a cada um de nossos leitores, a buscar a Deus, através da oração. Só assim, como destacamos no versículo acima, poderemos cooperar para dias melhores na terra. O profeta Jeremias, inspirado por Deus afirmou: “Clama a mim, e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes, que não sabes”. (Jeremias 33.3)
Deus vos abençoe.
