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Conhecendo a si mesmo

Por Administrador | 20/04/2015

“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”
(João 8.32)

Pr. Isaac Vicente Ribeiro


É muito comum nos encontrarmos com pessoas que andam sem rumo, e estão como que “perdidas”, sem saber bem ao certo quem são, para que nasceram, para onde estão indo. Isso acontece justamente quando as pessoas não têm um conhecimento de si mesmas. Esta alienação existencial leva o ser humano à busca do autoconhecimento e, conseqüentemente, do propósito da sua vida. Quando falamos de autoconhecimento, é importante ressaltar que o homem jamais alcançará um conhecimento perfeito de si mesmo, a menos que primeiramente vislumbre o rosto de Deus e daí desça para a contemplação de si mesmo.

Quando o homem tenta conhecer a si mesmo e este conhecimento não passa por Cristo, tende a apresentar algumas distorções. Uma auto-análise nunca é isenta de equívocos, pois, ou há uma rejeição do ser, julgando-se um fracassado, o que leva a um conformismo e acomodação com o seu destino, ou, por outro lado, incorre-se no erro de supervalorizar o “eu”, julgando-se melhor e mais forte dos que outros. É aí que nasce o orgulho, o preconceito e a vaidade. No entanto quando procuramos conhecer a nós mesmos, a partir do conhecimento de Cristo, as coisas se tornam mais claras, pois Cristo consegue mostrar nossas qualidades, mas também nossas fraquezas, nossas mazelas, nossos medos e nossos limites. E isto se torna possível, porque diante Dele não adianta apresentar um falso “eu”, pois Ele nos conhece muito bem e sabe quem somos. Jesus é o Único capaz de olhar além das aparências, e nos confrontar com o que de fato somos, com o que pensávamos ser.

Podemos ver claramente essa verdade acontecer em uma das mais fantásticas conversões do Novo Testamento - a de Zaqueu. Um homem rico, mal visto por todos, cobrador de impostos, sem amigos verdadeiros, e com um rótulo intragável para a maioria das pessoas. Até havia um ditado na palestina nos dias de Jesus: “Mais vale um cachorro morto do que um publicano vivo”. Mas havia algo lá dentro dele que só Jesus conhecia e podia libertar. Jesus não apenas sabia o seu nome ao olhar para o alto da árvore, mas Jesus conhecia o seu potencial do que ele poderia vir a ser. Se perguntássemos a Zaqueu até aquele dia quem ele era, a resposta seria – “eu sou um rico miserável, não sou feliz, sou um solitário e ninguém me ama”. Na verdade há o que os outros pensam de nós; há o que nós pensamos sobre nós, e há o que Jesus diz que somos. Somente diante de Jesus Cristo somos perfeitamente conhecidos. Ele nos revela o que nós somos na realidade.

Havia algo dentro de Zaqueu que precisava ser curado. Conversão é cura! Cura das mazelas, cura das feridas, cura do passado, cura da totalidade do ser. Zaqueu jamais poderia dizer o que disse: “dou metade dos meus bens aos pobres e restituo quatro vezes mais se tenho defraudado alguém”, se não tivesse passado por uma profunda conversão “do ser”. A partir do encontro com Cristo, chama a atenção a alegria e o desprendimento demonstrado por Zaqueu. Quando sabemos o que somos em Cristo, não há espaço para o medo, para a reserva, para as meias palavras. Quem sabe o que é não tem nada a esconder. Esse encontro do nosso ser com Cristo, liberta-nos da angústia causada pela alienação pessoal, ao mesmo tempo em que nos traz a consciência do sentido da nossa vida. Isto nos propicia a possibilidade de mudar o nosso comportamento. Portanto, caro leitor, ao concluir esta reflexão, espero leva-lo a pensar sobre o exposto. Procure conhecer a si mesmo, a partir do conhecimento de Cristo, pois só Ele, pode nos levar ao verdadeiro conhecimento de nós mesmos. Assim como destacamos acima, somente conhecendo a verdade de Deus, é que podemos conhecer a nós mesmos. “Conhecereis a Verdade e a verdade vos libertará”.
Deus vos abençoe.

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