“Onde não há conselho os projetos saem vãos, mas, com a multidão de conselheiros, se confirmarão”. Provérbios 15.22.
A arte de aconselhar é milenar. Desde o princípio, grandes homens por mais sábios que fossem, sempre procuraram ter ao seu lado, pessoas de notável saber, que sempre lhes aconselhavam nos momentos de grandes indecisões. Contudo, deve-se dizer, que o conselheiro para ser de fato uma benção, precisa ter sabedoria e acima de tudo, temor ao Senhor, para que seus conselhos venham ser benção, e não maldição. Conselheiro é aquele que dá seu parecer ou opinião, diante de uma decisão que precisa ser tomada, fazendo uma análise do assunto. Na verdade, o que precisamos fazer é, escolher a pessoas certas para nossos conselheiros. Há muitas pessoas que foram e continuam sendo bem sucedidas, por terem tido a felicidade de terem no ciclo de amizades bons conselheiros. Por outro lado, quantos fracassaram, justamente por não terem dado a devida atenção, a seleção de seus conselheiros.
A Bíblia possui inúmeros exemplos positivos e negativos para que tomemos como referencial para nossas vidas. Vejamos alguns: Em I Reis.12-3-11, está registrado a história de Roboão, filho de Salomão. Quando este herdou o trono do pai, em função do regime monárquico, adotado naquela época, representantes do povo vieram ao jovem rei e fizeram o seguinte pedido: “Teu pai agravou o nosso jugo; agora, pois, alivia tu a dura servidão de teu pai e o seu pesado jugo que nos impôs, e nós te serviremos. Ele lhes disse: Ide-vos até ao terceiro dia e voltai a mim. E o povo se foi. E teve o rei Roboão conselho com os anciãos que estavam na presença de Salomão, seu pai, quando este ainda vivia, dizendo: Como aconselhais vós que se responda a este povo? E eles lhe falaram, dizendo: Se hoje fores servo deste povo, e o servires, e, respondendo-lhe, lhe falares boas palavras, todos os dias serão teus servos. Porém ele deixou o conselho que os anciãos lhe tinham aconselhado e teve conselho com os jovens que haviam crescido com ele, que estavam diante dele. E disse-lhes: Que aconselhais vós que respondamos a este povo, que me falou, dizendo: Alivia o jugo que teu pai nos impôs”. Aqueles jovens sem sabedoria, e descomprometidos com a nação de Israel, aconselharam da seguinte maneira: “Diga a eles, meu dedo mínimo é mais grosso do que os lombos de meu pai. Assim que, se meu pai vos carregou de um jugo pesado, ainda eu aumentarei o vosso jugo; meu pai vos castigou com açoites, porém eu vos castigarei com escorpiões”. Pobre rei, sua atitude desmedida lhe custou o reinado e como resultado de sua insensatez, houve uma grande guerra civil interna, que provocou a divisão das doze tribos de Israel. No final da história ficou apenas com duas das doze tribos. As outras dez tribos, se tornaram independentes que nomearam Jeroboão no lugar do filho de Salomão.
Por outro lado, como exemplo positivo, Moisés, muito embora tenha sido, um dos mais sábios dos homens que já passaram por aqui, quando liderava os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó, que saia da escravidão do Egito para a terra prometida por Deus, em certo momento quando peregrinação , nos ensina com sua história, como um bom conselho pode ajudar. Jetro seu sogro, percebendo que Moisés estava desfalecendo com tanta carga, visto que ele começava a julgar as causas do povo de manhã e se estendia até tarde, disse ao seu genro: “Não é bom o que fazes. Totalmente desfalecerás, assim tu como este povo que está contigo; porque este negócio é mui difícil para ti; tu só não o podes fazer. Ouve agora a minha voz; eu te aconselharei, e Deus será contigo. Sê tu pelo povo diante de Deus e leva tu as coisas a Deus; e declara-lhes os estatutos e as leis e faze-lhes saber o caminho em que devem andar e a obra que devem fazer. E tu, dentre todo o povo, procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinqüenta e maiorais de dez; para que julguem este povo em todo o tempo, e seja que todo negócio grave tragam a ti, mas todo negócio pequeno eles o julguem; assim, a ti mesmo te aliviarás da carga, e eles a levarão contigo”. Êxodo 18.17-22. Que belíssimo conselho. Veio de Deus, e como Moisés era um homem humilde, deu ouvidos ao conselho do sogro.
Caro leitor, ao apresentar estes dois exemplos bíblicos, desejamos que eles sirvam para desperta –lo a fazer uma séria reflexão acerca de teus conselheiros. Lembre-se sempre, o verdadeiro conselheiro não aquele que fala apenas o que desejamos ouvir, mas aquele que fala o que precisamos ouvir.
Deus vos abençoe,
Pr. Isaac Ribeiro