Pr. Isaac Ribeiro
“Nem muitas águas conseguem apagar o amor; os rios não conseguem levá-lo na correnteza. Se alguém oferecesse todas as riquezas da sua casa para adquirir o amor, seria totalmente desprezado”. Cantares. 8,7.
O Amor é o sentimento mais nobre do livre arbítrio. A vida perde o sentido quando não compreendemos a grande missão dada pelo Criador a toda criatura. O amor torna a relação humana agradável e prazerosa. Sempre existiram e existirão poetas para declamar o amor, no entanto esse amor tem se expressado em relacionamentos reais nem sempre bem sucedidos. Muita gente que diz ter casado por amor, hoje vivem vidas frustradas, onde o insucesso e a decepção amorosa estão bem presentes no dia a dia. Mas, porque isto acontece? Isto acontece porque misturamos ao amor, sentimentos, emoções, desejos, pulsões e expectativas irreais em relação ao parceiro, que quando não atendidos, provocam o desgaste e põe fim a relação.
Quando falamos deste tema, é necessário que façamos distinção entre amor e paixão. O amor e a paixão podem até andar juntos, mas são diferentes. A paixão é fisiológica, dura no máximo 18 meses. Dizem os otimistas que pode até chegar a três anos. Depois disto é seguida de cansaço, desinteresse e até aversão. Não suporta a realidade, mas é a artífice da fantasia. A paixão é egoísta, é impaciente, já o amor tudo espera. Paixão se sente, amor se tem. A paixão vinga a ferida, o amor perdoa a falta. O amor é primo da fé e da esperança. Como eles têm em comum o fato que não se trata apenas de um sentimento, mas de uma atitude, frente à realidade da vida nem sempre colorida como a pintada pela paixão. A paixão não cria amor, todavia, é possível tirar do amor o cultivo da paixão como alvo do prazer conjugal. O amor é fruto da capacidade humana de decidir. Somos o único animal capaz de decidir. Portanto, amar requer decisão e comprometimento com o que se decidiu. E essa decisão não se baseia em lógica ou razão, é algo tão divino, que acontece de uma forma inexplicável. É por isto que o amor é o princípio da graça.
Provérbios 18.22, diz o seguinte: “Quem encontra uma esposa encontra algo excelente e recebeu uma bênção do Senhor”. Este versículo mostra-nos que o casamento quando acompanhado de amor, é na verdade a instituição mais poderosa da terra. Tanto é verdade que o próprio apóstolo ao ensinar acerca deste assunto e nos mostra que digno de honra entre todos seja o matrimônio e o leito deve ser sem mácula. Mas porque o matrimonio é a instituição mais importante da terra? Porque é o matrimonio que dá origem a família, e a família é base da sociedade e da igreja, ou seja, sem família não teríamos sociedade e muito menos igreja.
Caro leitor, está breve mensagem, tem por objetivo levá-lo a refletir sobre o amor e a paixão, especialmente entre um homem e uma mulher. Vivemos dias, em que as pessoas estão se tornando descartáveis, como algo que se usa e logo descarta. É por isto, que existe uma multidão de pessoas machucadas, feridas, deprimidas e frustradas no amor. Isto só acontece porque abriram mão de ter em suas vidas, a essência do amor que é Jesus Cristo. Não façamos assim. Pelo contrário, vamos lutar para amar e valorizar o casamento. Vamos amar com toda força da alma nossa família e acima de tudo não vamos abrir mão de princípios que podem levar-nos a verdadeira felicidade. Lembre-se que no amor não há medo; ao contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor.
Deus vos abençoe.
