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Quanto Vale Jesus?

Por Administrador | 28/07/2014

Pr. Isaac Vicente Ribeiro


"Então, um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes e disse: Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E eles lhe pesaram trinta moedas de prata. (Mt. 26.14,15)

Judas negociou seu Mestre por trinta moedas (valor de um escravo). Apenas trinta? Podemos pensar: Que traição! Jesus era tão bom, tão justo, tão amoroso... Como pôde Judas agir daquela forma?”. Se o colocássemos em um tribunal, tendo a qualquer um de nós como juiz, a condenação seria certa, e a sentença a morte, sem sombra de dúvida. O fato é que geralmente somos espiritualmente precisos quando se trata de apontar e condenar os erros dos outros, e fortuitamente míopes para encontrar os nossos, ao ponto de não percebermos, como disse Jesus, a trave que está diante dos nossos olhos! Quantas moedas temos recebido, todas as vezes em que, inocentemente, trocamos o nosso Mestre por algo? Quantas moedas temos recebido quando, nos intitulamos seus seguidores, e de uma hora para outra, abrimos mão do privilégio de nos alimentar somente da sua Palavra, e corremos atrás de fábulas sincréticas e delírios espirituais, que entre nós - cristãos - se reproduzem aos montes? Moedas da euforia ilusória, da atrofia espiritual e da vida cristã débil.

Incoerentemente, há quem se comova com a morte bárbara de Jesus na cruz. Atitude graciosa dele, que pela fé nos salva totalmente de qualquer condenação. Todavia, na prática, pouco se esforçam para justificar a graciosa atitude do Mestre. Muitos dentre nós até gostam de Jesus, das suas palavras, se dizem cristãos, mas interiormente agem como quem anula os efeitos espirituais do seu sacrifício na cruz. É comum criticarmos Judas, e de fato sua atitude foi extremamente covarde, mas ao mesmo tempo quantas vezes vendemos ou trocamos Jesus por coisas ainda menores. Será que isto não é, de fato, menosprezar o caríssimo sacrifício de Jesus na cruz por um valor ínfimo? Mudam apenas as moedas e os Judas. Cristo não veio ao mundo para ser traído (apesar de ter sido), mas para salvar o mundo da condenação. Ele não morreu na cruz simplesmente porque o mataram. Morreu porque espontaneamente deu sua preciosa vida para que a nossa vida tivesse sentido, e a vida eterna fosse uma realidade. Não para que vivêssemos pensando que o futuro é vagar em outras esferas espirituais.

O nosso maior problema é não percebemos as moedas. Por isso, não temos noção por quanto o temos trocado, vendido... Não percebemos que as moedas foram sutilmente substituídas por um leque de opções. Trocamos nosso Jesus pelas moedas das prioridades profissionais - "afinal, temos que sobreviver”; trocamos Jesus pela moeda da juventude - “Ah, ainda sou muito jovem para pensar nessas coisas. Religião, igreja, santidade, isto é coisa para pensar na velhice”. Trocamos nosso Amado pela moeda do orgulho próprio, simplesmente deixando de trabalhar na nossa Igreja porque nos magoamos com alguém, como se a Igreja pertencesse a homens, líderes ou membros. Trocamos o servir ao Senhor Jesus pela moeda do lazer – “afinal, trabalhamos tanto a semana toda, é justo descansar”. Quantos estão trocando Jesus, por uma relação extraconjugal. Acabam-se deixando levar por momentos de prazer, que se tornam na maioria dos casos, em tormentos para o resto da vida dos que tais coisas praticam. O que nos difere de Judas? Precisamos ser honestos para reconhecer que temos barateado o que não tem preço. No passado, foram apenas trinta moedas. Hoje, elas são inúmeras e imperceptíveis.

Diante disso, estejamos arrependidos para acertar nossas contas com Jesus, sob o risco de, como Judas, estarmos a ponto de dar cabo das nossas vidas, por tão poucas moedas. Estejamos conscientes, que lei da semeadura é implacável. Ou seja, o que plantamos, determinará o que colheremos. Por ser isto verdade, sejamos sensatos e inteligentes. Vamos plantar coisas boas, dediquemo-nos mais a Deus. Diz a Bíblia: “Chegai-vos a Deus e Ele chegará a vós”. Aqui vai um conselho de Deus, ao amado leitor. Seja fiel aos seus contratos, ame sua família, obedeça a seus pais, valorize as coisas humildes e simples e aliado a tudo isto, ame a Deus não apenas de palavras, mas na prática, como alguém que tem na pessoa do criador, seu maior patrimônio. Lembre-se sempre, uma religião barata, é sempre uma religião perigosa. Jamais será dado valor a nossa religião, a menos que ela possa ser vista. As lâmpadas não falam, mas brilham.

Deus nos ajude.

 

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